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Cultura

MOSTRA ECOFALANTE DE CINEMA EXIBE 18 FILMES EM LORENA

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Festival acontece de forma gratuita até de setembro

* evento tem sessões abertas ao público na Unisal e na USP, além de exibições para estudantes em diversas instituições de ensino

* programação inclui títulos assinados por Estêvão Ciavatta, Fred Rahal, Laura Faerman e Marina Weis

* filmes premiados e com carreira em importantes festivais como IDFA-Amsterdã, Sheffield DocFest e Festival de Berlim

Até o dia 27 de setembro, a cidade de Lorena receberá a itinerância da 12ª edição da Mostra Ecofalante de Cinema, considerada como o mais importante evento audiovisual da América do Sul dedicado às temáticas socioambientais. Totalmente gratuita, a programação contará com a exibição de 18 filmes, incluindo obras premiadas e com carreira em importantes festivais nacionais e internacionais, destaques das edições mais recentes da Mostra Ecofalante em São Paulo e sessões para o público infanto-juvenil. 

O evento terá sessões abertas ao público na Unisal e na USP, além de exibições educacionais na Faculdade Serra Dourada, no Colégio Drummond, na ETEC Padre Carlos Leôncio da Silva e em três escolas da rede estadual de ensino: EE Gabriel Prestes, EE Prof° Luiz de Castro Pinto e EE Prof° Francisco Marques de Oliveira Junior. A Mostra realiza ainda sessões para cerca de 2 mil alunos da rede municipal de ensino, que acontecem no período da manhã e da tarde na Unisal e na USP.

A programação completa do evento pode ser acessada no site ecofalante.org.br/programacao.

Mulheres na Conservação”

Destaques da programação

A programação da Mostra Ecofalante em Lorena traz filmes nacionais e internacionais, incluindo obras de destaque das edições mais recentes do festival em São Paulo.

Vento na Fronteira”, de Laura Faerman e Marina Weis, integrou a Competição Latino-Americana da Mostra em 2023; o filme acompanha a luta do povo Guarani-Kaiowá pelas suas terras, na região do Mato Grosso do Sul, que são objeto de disputa de grandes proprietários rurais. 

Exibido nos festivais IDFA-Amsterdã e Sheffield DocFest, “As Formigas e o Gafanhoto”, de Raj Patel e Zak Piper, retrata a jornada de Anita Chitaya do Malawi à Califórnia, com o desafio de convencer os norte-americanos de que a mudança climática é real.

As Formigas e o Gafanhoto”

 “Uma Vez Que Você Sabe”, do documentarista Emmanuel Cappellin, trata-se de um alerta: para uma parte dos cientistas, a oportunidade de evitar mudanças climáticas catastróficas já passou. A obra, exibida em eventos na Itália, Reino Unido e Hong Kong, coloca a pergunta: como se adaptar ao colapso?

Oeconomia”, dirigido por Carmen Losmann e selecionado para o Festival de Berlim, revela como as regras do jogo capitalista contemporâneo pré-condicionam sistematicamente o crescimento, os déficits e as concentrações de riqueza.

O canadense “Beleza Tóxica”, de Phyllis Ellis, exibido no festival HotDocs, é um documentário contundente sobre a falta de regulação da indústria cosmética e sobre o verdadeiro custo da beleza.

Beleza Tóxica”

Amazônia Sociedade Anônima”, de Estêvão Ciavatta, recebeu o prêmio One World Media Awards na categoria Impacto Ambiental. O documentário focaliza índios e ribeirinhos que, em uma união inédita liderada pelo Cacique Juarez Saw Munduruku, enfrentam máfias de roubo de terras e desmatamento ilegal para salvar a Floresta Amazônica.

BR Acima de Tudo”, de Fred Rahal, trata dos impactos da possível expansão da rodovia BR-163, cujo traçado corta a floresta amazônica em direção à fronteira com o Suriname, projeto gestado durante a ditadura civil-militar (1964-1985). 

Dirigido pela premiada diretora Cosima Dannoritzer, “Ladrões do Tempo” é uma coprodução Espanha/França que investiga como o tempo se tornou uma nova fonte cobiçada. A obra ouve especialistas para revelar o quanto a monetização do tempo, por um sistema econômico agora predominante, afeta a vida cotidiana. 

Para o público infanto-juvenil, a Mostra exibe duas animações. “Meu Nome é Maalum”, de Luísa Copetti, conta a história de uma menina negra brasileira que enfrenta os desafios de uma sociedade racista e, com a ajuda de sua família, transforma a tristeza em orgulho por sua ancestralidade. Em “Vanille”, de Guillaume Lorrin, uma pequena parisiense embarca numa aventura cheia de mistérios em Guadalupe e faz as pazes com suas origens. 

BR Acima de Tudo”

Realização

A itinerância da 12ª Mostra Ecofalante de Cinema em Lorena é viabilizada por meio da Lei de Incentivo à Cultura. O evento é uma apresentação da Valgroup, tem patrocínio da BASF e da Taesa e apoio da Drogasil. Tem apoio institucional da Prefeitura de Lorena (por meio da Secretaria Municipal de Educação), da Embaixada da França no Brasil, do Programa Ecofalante Universidades e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. A Etec Padre Carlos Leôncio da Silva, Faculdade Serra Dourada, a Unisal e a USP são parceiras educacionais do evento. A produção é da Doc & Outras Coisas e a coprodução é da Química Cultural. A realização é da Ecofalante e do Ministério da Cultura.

Serviço

Mostra Ecofalante de Cinema – Lorena
18 a 27 de setembro
programação gratuita
ecofalante.org.br

Cultura

Artista Visual Ana Coutinho prepara exposição “Vasos Condutores do Tempo”, no galpão Portinho, no Rio de Janeiro

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(Foto: Alessandra & Frederico – A&F Art Films)

A mostra, que começa no dia 23 de maio, conta com a curadoria de Keyna Eleison

Com pinturas nas janelas do Espaço Portinho, imóvel centenário da região portuária, na Praça Mauá, a artista visual e designer Ana Coutinho explora o mapeamento do tempo através da materialização de novas formas, por meio da entrada da luz, com a instalação “Vasos Condutores do Tempo”. A obra chega ao centro da capital carioca como um convite ao espectador para se sentir parte da exposição, observando a fragilidade de cada pincelada sobre a própria pele, ao passo que a claridade reflete as pinturas nos vitrais. Com a curadoria de Keyna Eleison, a instalação site specific ficará aberta ao público entre os dias 23 de maio e 07 de junho

No dia 28 de maio, às 11h, Ana e Keyna conduzem um bate-papo sobre os processos de construção da narrativa que guiou a exposição. A programação ainda conta com performances da artista visual com luz, sombra e pintura das telas, entre os dias 04, 05 e 06 de junho, e chega ao fim com uma finissage, cerimônia de encerramento, no dia 07. A entrada é gratuita. 

“O conceito por trás deste projeto é que ao longo do dia a arte crie reflexos e projeções diferentes dentro do espaço expositivo, proporcionando uma experiência única de acordo com o horário de visitação”, explica Ana. Unindo a arte de cada pincelada com o ambiente e tempo, a instalação promove uma exploração de novas superfícies em contraste com a luz do sol. A proposta é que, assim, a abstração ganhe novas projeções e significados. A artista recomenda o uso de roupas claras e leves, para uma melhor experiência visual.

Intitulada “Vasos Condutores do Tempo”, a instalação ainda tem sua experiência amplificada com a ocupação de diferentes obras em tela e tecido pelo galpão.

SOBRE ANA COUTINHO

Ana Coutinho é Artista Visual e Designer graduada em Comunicação Visual pela PUC – Rio e mestra em Artes e Design pela Universidade Central Saint Martins em Londres, além de diversos cursos de especialização no campo das artes visuais em instituições como o Parque Lage, Instituto Tomie Ohtake, Escola de Belas Artes – SP, School of Visual Arts – NY entre outros. Recentemente iniciou sua carreira internacional participando da exposição Signs Point to Yes, na Galeria Amarelo em Lisboa e da exposição Reimagined Realities, na Galeria Arteria em Barcelona. Em 2023 também participou de uma residência artística em Barcelona, e a convite do Instituto das Artistas Latinas fez parte do time de mulheres do seu Stand Institucional na Art Rio onde mostrou seus trabalhos da sua atual pesquisa. Ao longo dos anos de produção artística, transitou por diferentes segmentos da arte, moda e design, morando durante 8 anos nas principais capitais mundiais (SP, NY e Londres) e construindo múltiplos repertórios visuais. Na moda trabalhou como print designer para o estilista Alexander McQueen em Londres e Donna Karan e Calvin Klein em NY, além de marcas brasileiras. Desde o início de 2020 voltou a morar no Rio de Janeiro, sua cidade natal, e hoje se dedica exclusivamente às artes visuais.

PROGRAMAÇÃO

23 a 28 de maio | Abertura para o público, com a presença da curadora Keyna Eleison e a projeção do vídeo-instalação: “Vasos sobre a pele”.

28 de maio (terça-feira) – 11h | Painel de conversa entre a artista visual Ana Coutinho e a curadora Keyna Eleison sobre o processo de construção da narrativa que guiou a exposição.

04, 05 e 06 de junho | Performances da artista Ana Coutinho com luz, sombra e pintura das telas. 

07 de junho (sexta- feira) | Finissage, uma cerimônia de encerramento da exibição 

SERVIÇO

“Vasos Condutores do Tempo” – Espaço Portinho, Rio de Janeiro

Data: Entre os dias 23 de maio e 07 de junho de 2024

Horário: De segunda a sábado, das 10h30 às 14h

Local: Espaço Portinho – 3º Andar

Endereço: Avenida Rodrigues Alves, 135 – 3º andar.

Acesso: Estacionamento Estapar – Av. Rodrigues Alves, 173.

               VLT – Estação Museus.

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Cultura

Juliane Cruz celebra o movimento Black Rio dos anos 70 no espetáculo “Amor de Baile”, que estreia dia 30 do Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro

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(Foto: Paulo Aragon)

A idealizadora também protagoniza a peça, que revive os bailes da periferia para trazer reflexões sobre afetividade negra e empoderamento racial

O espetáculo multilinguagem “Amor de Baile” surge com a efervescência cultural do movimento Black Rio, destacando a afetividade e o empoderamento racial presentes nos bailes da década de 70. A atriz, dramaturgista, artista visual e performer Juliane Cruz se uniu ao também ator, produtor e idealizador, Junior Melo, e uma equipe de renome para celebrar a estética e a autoestima da população negra brasileira, como forma de promover reflexões sobre o amor entre pessoas racializadas enquanto ferramenta de resistência ao racismo. E é com esta potência que o espetáculo “Amor de Baile” estreia no Teatro II do Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro, no dia 30 de maio (quinta-feira), às 19h – os ingressos devem ser retirados na bilheteria do Sesc Tijuca, e a entrada é gratuita para credenciados PCG. As apresentações seguem de quinta-feira à sábado, às 19h, e aos domingos, às 18h, até o dia 30 de junho. 

A peça valoriza a afetividade dos encontros gerados pelo movimento do Baile Black da década de 70, ao mesmo tempo que questiona a criminalização da cultura periférica promovida pelos efeitos do racismo estrutural, institucional e midiático.

“Amor de Baile é um grande sonho. É a chance de reviver o maior movimento de massa que já existiu da juventude negra e que nos influencia até hoje. E são essas experiências que seguem reexistindo e se reinventando. Nós somos porque eles foram e abriram caminhos para conquistas importantíssimas quanto povo. Se amando. Amor como movimento político, amor pela sua negritude, pelos seus irmãos. Se empoderando e se reconhecendo através da música, da dança, da união de uma juventude que soube revolucionar os modos de se pensar num dos períodos de maior repressão da nossa história recente do Brasil”, afirma Juliane.

O espetáculo mescla teatro, dança, canto, poesia e audiovisual, sob a perspectiva estética, política e poética da frase “Black is beautiful!”, do movimento cultural iniciado nos Estados Unidos. Foi a partir da influência deste movimento que a população negra da época passou a assumir sua própria identidade, com orgulho e atitude. “Mesmo nos anos de maior repressão da ditadura, foi possível reconectar nosso povo preto, unindo milhares de pessoas com o propósito de dançar, se reconhecer e se amar”, ressalta Rei Black, diretor artístico do projeto, que conta ainda com a supervisão geral de Dom Filó, a dramaturgia de Tati Vilela e produção de Wellington de Oliveira. 

“Para além do amor romântico, enaltecemos o amor como um movimento político, como fenômeno social, um amor pela sua negritude e pelo seus iguais”, afirma Juliane. Em meio à ditadura militar, os Bailes de Soul Music fomentaram a produção artística suburbana e a exaltação da estética e autoestima da população negra brasileira. “Beije sua preta em praça pública” estampava a capa do jornal Movimento Negro Unificado, nos anos 70, utilizando-se do afeto como ferramenta de luta contra o racismo.

Em solo carioca, a abordagem desta luta aconteceu com o Movimento Black Rio, por meio da cultura, da festa e do entretenimento, influenciando de forma significativa em como a geração atual se fortalece em relação à autoestima, identidade e comportamento. “Queremos alcançar não só a geração que lotava as pistas daquela época, mas também uma juventude que bebe do legado desse grande movimento cultural, sem nem mesmo conhecê-lo”, pontua Junior Melo, ator, produtor e idealizador do projeto. Em meio à seus pentes garfos, sapatos plataforma e muita intelectualidade popular, “Amor de Baile” faz uma homenagem ao legado deixado por um dos maiores movimentos culturais negros das últimas décadas.

SERVIÇO

“Amor de Baile” @ Sesc Tijuca, RJ

Data: 30 de maio a 30 de junho – de quinta a domingo (exceto entre os dias 20 e 23 de junho de 2024)

Horário: às 19h (quinta a sábado) e às 18h (domingo)

Local: Teatro II Sesc Tijuca 

Endereço: Rua Barão de Mesquita, 539, Tijuca, Rio de Janeiro – RJ

Classificação: 12 anos

Valor dos Ingressos: Gratuitos para credenciados PCG

                                  R$7 | Credencial Plena

                                  R$15 | Meia-entrada 

                                  R$30 | Inteira

Ingresso: Disponíveis apenas na bilheteria do Sesc Tijuca

Bilheteria: Terça a sexta-feira | 7h às 19h30

                 Sábados | 9h às 19h

                 Domingos | 9h às 18h

Informações: https://www.instagram.com/amordebaile_/ 

FICHA TÉCNICA

Elenco: Adrielle Vieira, Juliane Cruz, Junior Melo, Letícia Ambrósio, Lucas Sampaio e Wayne Marinho

Direção Artística: Rei Black 

Direção de Movimento: Gabriela Luiz 

Direção e Produção Musical: Beà Ayòóla 

Dramaturgia: Tati Vilella

Dramaturgista: Juliane Cruz 

Figurino: Carla Costa 

Cenografia: Cachalote Mattos 

Iluminação: Jon Tomaz 

Mentoria Vocal: Daniel Motta

Produção: WDO Produções

Coordenação de Produção: Wellington de Oliveira

Voz Off: Nathalia Grillo

Idealização: Juliane Cruz e Junior Melo

Supervisão Geral: Dom Filó

Social media: Nathália Brambrila 

Designer: Guile Farias 

Direção de Imagem: Carolina Godinho

Acervo e Imagens: Cultine

Assessoria de imprensa: Monteiro Assessoria de Imprensa 

SOBRE JULIANE CRUZ

Guiada pela arte em seus múltiplos formatos, Juliane Cruz pulsa pela criação. As suas facetas se tornam portas para o ofício por meio do teatro, cinema, audiovisual, pesquisas e performances desde que ela se lembra. Nascida em 1996, em Irajá, no Rio de Janeiro, a artista migrou de um projeto para o outro para saciar sua veia criativa. Juliane é graduada pela Escola de Teatro Martins Penna e pela Escola Sesc de Artes Dramáticas; integra (participou do) o Programa de Deformação e Formação da Escola de Artes Visuais do Parque Lage; e ainda é foi oficineira pelo Programa de formação em artes e cultura, a partir da mostra de itinerância da 35 Bienal de São Paulo no Mam Rio. Sua trajetória como atriz contempla os espetáculos “Esperança na Revolta” (2019), “A Saga de Dandara e Bizum a caminho de Wakanda” (2019), “Rinoceronte” (2019) e “Barbárie – Impressões de um holocausto” (2017). Entre o cinema e a TV, ela somou nos curta-metragens: “Atrofia”, “Adeus”, “Sua Vez”, “Declamações de uma Fábula Esquecida”; além da websérie “Cura” (2021), de Jonathan Ferr; e as novelas “Malhação – Toda Forma de Amar” (2019), “Nos Tempos do Imperador” (2021), “Todas as Flores” (2022) e “Elas por Elas” (2024). No catálogo de performances, Juliane reúne “Tem coisas que eu só sei dizer dançando”, com as exposições “Acessos”, que ocupou a capelinha no Parque Lage (2022); “NuEntre”, no Galpão 808 (2023); e “O ponto onde a arte cura”, no Espaço Carijó (2023)

Em 2024, a artista segue em progressão, participando dos cursos “Crítica e Curadoria Anticolonial e Desobediência de Gênero”, oferecido pelo Galpão Bela Mar – MARÉ e o curso de Roteiro“Empoderamento e Tecnologia”, oferecido pelo Cinema Nosso. Juliane também estreia com a peça “Amor de Baile”, em que assina a idealização, autoria, além de também protagonizar. O espetáculo multilinguagem revive os bailes da periferia da década de 70, destacando a afetividade e o empoderamento racial presentes na efervescência cultural do movimento Black Rio. Contemplado pelo Sesc Pulsar 2024, a peça fica em cartaz entre os dias 30 de maio e 30 de junho, no Sesc Tijuca, no Rio de Janeiro.

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Cultura

Família e escola: qual o papel fundamental de cada um

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A Constituição Federal de 1988 afirma em seu artigo 205: “a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade,  visando  ao  pleno  desenvolvimento  da  pessoa,  seu  preparo  para  o  exercício  da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Com isso é perceptível que a participação ativa dos responsáveis juntamente à instituição de ensino não é somente necessária como também requerida durante toda a trajetória escolar, sendo um dos principais facilitadores da aprendizagem.

A pedagoga Sueli Tomaz especialista em metodologia da educação infantil e séries iniciais defende: “A escola assegura o direito, destaca a importância e abriga a garantia da aprendizagem, mas é em casa, no ambiente familiar que ocorrem as primeiras práticas educativas. Considerando a família a primeira sociedade instituída é necessário uma cooperação concreta entre ambas instituições”. A pedagoga complementa: “Uma boa comunicação entre família-escola viabiliza a flexibilidade, a motivação e gera a continuidade dos estímulos educativos, culturais, metodológicos e sociais dos alunos. Principalmente no contexto das séries iniciais”.

Para pais atípicos, essa relação precisa ser ainda mais estreita. É necessário estabelecer uma comunicação contínua, alinhada a um trabalho de entrega mútua, uma vez que diversos estudos já demonstram que diagnósticos como o déficit de atenção, associado ou não à hiperatividade e à impulsividade, e o transtorno do espectro autista frequentemente comprometem o rendimento escolar.

Gabriel Frozi, CEO do Colégio Rio Christian School – a primeira e única escola bilíngue da América Latina especializada em alunos com TDAH – também destaca a importância do interessante dos pais e responsáveis desde o momento da busca pela escola ideal: “Existem escolas mais tradicionais, conservadoras e mais conteudistas, como também, escolas mais flexíveis, disruptivas e inovadoras. O importante, portanto, é a família levar em consideração as características da criança e do adolescente,” adverte Gabriel.

Gabriel é pai da Vitória, que foi diagnosticada com TDAH ainda muito jovem. Em sua trajetória escolar, percebeu que a filha não conseguia desenvolver-se bem mesmo nas melhores escolas disponíveis na região. Foi daí que o coração de pai mudou todo o rumo daquela história, pois até então não existiam escolas no Brasil, especializadas em crianças e jovens com Transtornos diversos, como o próprio TDAH.

Então, tudo partiu do desejo do coração de uma criança: “Pai, não quero mais ir à escola. Não consigo tirar notas boas e te fazer feliz,” dizia Vitória.

Frozi abandonou sua carreira longa e estável como advogado e criou do zero sua própria escola. “Nossa escola foi criada pela carência e pelos erros de várias outras instituições. Chegamos com a intenção de fazer uma escola diferente, de se preocupar realmente com o aluno como indivíduo e não como mais um número. É importante dar uma atenção especial a todos eles individualmente. Fazer com aqueles que possuem necessidades específicas sintam-se parte do todo, e ainda, acompanhar aqueles que não tem nenhuma necessidade cognitiva específica,” continua Gabriel.

A RCS, mais conhecida como Rio Christian School, conta com profissionais capacitados e preparados para atender alunos de todos os perfis de uma forma individual. “Foram inúmeros processos, adequações, treinamento, material didático personalizado e um sistema de ensino totalmente adaptado que prioriza a participação em sala de aula, o comprometimento com os deveres de casa e a atuação em projetos. “Incentivamos o respeito ao indivíduo, suas potencialidades e diversidades, valorizando a inclusão social, num ambiente cooperativo, propiciando a vivência de valores e princípios,” continua Frozi.

Um dos diferenciais da escola está no sistema de avaliação, onde as provas bimestrais não são o principal aspecto a ser levado em conta na hora de aprovar um estudante, mas um conjunto de fatores como a participação em sala de aula, lição de casa, trabalhos extras, desempenho diário em sala de aula, etc. “O sistema não é baseado só em uma prova. Se um aluno não tira boa nota na avaliação, mas cumpre com as demais obrigações, pode ser aprovado, desde que consiga a média 7”, explica Gabriel Frozi, salientado que, os alunos são submetidos a um sistema de avaliação no qual 15% da nota se refere à participação; 25%, ao dever de casa; 30%, a pequenos projetos; e 30%, à prova bimestral. A proposta impacta diretamente as crianças e os jovens em sua capacitação, e consequentemente, o índice de reprovação escolar tende a diminuir muito.

Desta forma, se concretiza a possibilidade de proporcionar uma metodologia inclusiva aos pequenos, que aliada a participação familiar, alcança as mais diversas necessidades do aluno e promove um vasto campo de possibilidades de otimização da aprendizagem infantil.

Para dar certo, é preciso que a instituição família-escola se alinhe para pré-definir as estratégias e estabelecer os estudos do meio que traçam o perfil e o rendimento de uma classe em seu todo e individualmente. Uma vez que o ambiente de aprendizagem impacta diretamente o desempenho dos alunos, técnicas do dia a dia escolar através de materiais cativantes e desenvolvidos especialmente para esse objetivo, como: jogos, músicas e diferentes formatos, que podem facilitar e manter por mais tempo os alunos ativamente desafiados e envolvidos no processo sejam estabelecidos.

Sobre a Recreio Christian School:

A escola bilíngue cristã conta com sistema de avaliação próprio, que prioriza a participação em sala de aula, o comprometimento com os deveres de casa e a atuação em projetos sociais, onde as provas bimestrais representam apenas 30% do sistema de avaliação da RCS. Atende turmas do Pré I ao 3º ano do Ensino Médio, preparando os alunos para as melhores universidades do Brasil e do exterior, além de ser a única escola da América Latina com toda equipe especializada em alunos com TDAH.

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