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Saúde

Retinoblastoma e os benefícios do INSS

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Retinoblastoma. Quem tem esse tipo de câncer tem direito a algum benefício no INSS? Descubra tudo nesse conteúdo.

Todo dia 18 de Setembro de cada ano, comemora-se o Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma, um tipo de câncer ocular que afeta principalmente crianças com até 5 (cinco) anos de idade. Este é o câncer ocular mais comum nessa faixa etária.

Atualmente, não existe uma lei específica no Brasil para pessoas com retinoblastoma. Portanto,  a Lei Brasileira de Inclusão (Lei nº 13.146/2015), assegura direitos e proteção às pessoas com deficiência.

IMPORTANTE: Crianças diagnosticadas com retinoblastoma e suas famílias têm direito a benefícios fornecidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para auxiliar no tratamento e no apoio durante esse desafio, se constatada a deficiência de longa duração e estado de pobreza do grupo familiar.

O que é Retinoblastoma?

O retinoblastoma é um tipo raro de câncer ocular. Contudo, de acordo com o Ministério da Saúde, é o tumor ocular mais comum em crianças, representando cerca de 3% dos cânceres infantis, chegando a uma média de 400 casos por ano.

Existem 3 tipos de retinoblastoma:

  • unilateral: que afeta um olho
  • bilateral: que afetam os dois olhos;
  • trilateral: é quando uma criança com tumor nos dois olhos também apresenta tumor associado nas células nervosas primitivas do cé

O retinoblastoma é um tipo de câncer que se desenvolve na retina, a camada sensível à luz localizada na parte de trás do olho. Existem duas formas principais de retinoblastoma: a forma esporádica e a forma hereditária.

  • Forma Esporádica: Esta forma é responsável pela maioria dos casos de retinoblastoma (entre 60% a 75%). Ocorre devido a uma mutação somática no gene RB1 em uma célula da retina. Essa mutação faz com que a célula se multiplique de forma descontrolada, originando o tumor;
  • Forma Hereditária: Cerca de 40% dos casos de retinoblastoma são hereditários e são causados por uma mutação germinativa no gene RB1, que está presente em todas as células do corpo. Isso significa que a criança herda a mutação de um dos pais.
  • Forma Esporádica: Esta forma é responsável pela maioria dos casos de retinoblastoma (entre 60% a 75%). Ocorre devido a uma mutação somática no gene RB1 em uma célula da retina. Essa mutação faz com que a célula se multiplique de forma descontrolada, originando o tumor;
  • Forma Hereditária: Cerca de 40% dos casos de retinoblastoma são hereditários e são causados por uma mutação germinativa no gene RB1, que está presente em todas as células do corpo. Isso significa que a criança herda a mutação de um dos pais.

Detecção precoce do Retinoblastoma

O retinoblastoma pode ser identificado pelo “Teste do Olhinho”, um exame oftalmológico simples que pode ser realizado em recém-nascidos para detectar anormalidades oculares. Além disso, o diagnóstico pode ser feito por meio do exame de fundo de olho, que permite ao médico visualizar o tumor na retina.

Lembrando que quanto mais cedo o retinoblastoma for detectado, maiores serão as chances de cura. Portanto, é fundamental que os pais e cuidadores estejam atentos a sinais como o reflexo branco na pupila e busquem atendimento médico especializado imediatamente caso notem qualquer anormalidade nos olhos de seus filhos.

Sintomas do Retinoblastoma

Os sintomas do retinoblastoma podem incluir:

  • Reflexo branco visível na pupila: Isso é conhecido como “reflexo do olho de gato” (leucocoria) e é especialmente visível em fotografias com flash.
  • Estrabismo: Os olhos podem parecer desalinhados.
  • Vermelhidão ocular: A criança afetada pode apresentar vermelhidão nos olhos.
  • Dor nos olhos: Alguns pacientes podem sentir dor nos olhos.
  • Cegueira ou visão deficiente: A visão pode ser afetada nos olhos afetados.

A conscientização sobre o retinoblastoma ganhou destaque quando o apresentador Tiago Leifert e a jornalista Daiana Garbin compartilharam o diagnóstico de sua filha, Lua. Eles destacaram a importância do diagnóstico precoce. No Brasil, estima-se que, grande parte dos casos são diagnosticados muito tarde (aproximadamente 60% dos casos).

Direitos das crianças com Retinoblastoma no INSS:

É fundamental ressaltar que crianças diagnosticadas com retinoblastoma e suas famílias têm direito a benefício do INSS que podem ajudar significativamente no enfrentamento dessa condição. O principal benefício é o benefício assistencial.

Benefício Assistencial (BPC/LOAS):

O Benefício de Prestação Continuada (BPC), também conhecido como LOAS (Lei Orgânica da Assistência Social), é um benefício de assistência social destinado a pessoas com deficiência e idosos em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Para que a criança com retinoblastoma seja elegível a esse benefício, é necessário:

  • Comprovar a incapacidade da criança para a vida independente ou de longa duração, o que é geralmente atendido devido à condição de saúde.
  • Apresentar impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial;
  • Não ter meios de prover sua subsistência ou de tê-la provida por sua família;
  • Comprovar a condição de risco (vulnerabilidade) social, ou seja, não ter meios de prover a própria subsistência, nem de tê-la provida por sua família;
  • Ter renda familiar per capita inferior a 1/4 do salário mínimo vigente (atualmente – Maio/2023 R$ 330,00);
  • Não receber outros benefícios previdenciá

O BPC/LOAS pode ser uma fonte indispensável de suporte financeiro às famílias que enfrentam os desafios associados ao tratamento do retinoblastoma em seus filhos.

IMPORTANTE: o BPC/LOAS é destinado a pessoas em situação de extrema pobreza e que o cálculo da renda per capta familiar leva em consideração todas as fontes de renda da família, inclusive benefícios previdenciários e pensões.

Para calcular a renda per capita também é levando em consideração todas as despesas como alugueis, conta de energia, água, alimentação especial, fraldas, gastos com medicamentos, gastos com tratamentos médicos, gastos com exames médicos, tratamentos em geral.

Com relação as pessoas com deficiência devem comprovar a existência de impedimentos de longo prazo que afetem a participação plena e efetiva na sociedade, como é o caso das crianças portadores de retinoblastoma.

O BPC/LOAS não é um benefício vitalício e pode ser convocado para perícia do PENTE FINO, eventualmente, cada dois anos. Para isso, é necessário passar por uma avaliação da renda com assistente social e de uma perícia médica para avaliar o impedimento de longo prazo e condição de saúde. Ambas avaliações são realizadas pelo INSS.

Como solicitar o BPC/LOAS para portadores de retinoblastoma:

Para solicitar o BPC/LOAS, é necessário seguir passo-a-passo:

  1. Agendamento:
  • Entre em contato com o INSS através do telefone 135 ou pelo site oficial do órgão e agende seu atendimento presencial;
  • O agendamento também pode ser feito diretamente em uma agência do INSS.
  • Entre em contato com o INSS através do telefone 135 ou pelo site oficial do órgão e agende seu atendimento presencial;
  • O agendamento também pode ser feito diretamente em uma agência do INSS.
  1. Reúna a documentação:
  • Organize todos os documentos necessários para a solicitaçã
  1. Compareça à agência do INSS:
  • No dia e horário agendados, dirija-se à agência do INSS onde está agendado a avaliação social e a perícia médica;
  • Leve consigo todos os documentos necessá
  1. Realize o atendimento:
  • No INSS, você será atendido por um servidor público que analisará sua documentação e orientará sobre o processo de solicitação do benefício;
  • É importante esclarecer todas as suas dúvidas nesse momento.
  1. Acompanhe a análise:
  • Após a entrega dos documentos, o INSS realizará a análise do seu pedido;
  • Você pode acompanhar o andamento do processo através do site ou telefone do INSS.
  1. Resultado da análise:
  • O INSS informará o resultado da análise por meio do aplicativo do MEU INSS, de carta (comunicado de decisão), e-mail ou SMS;
  • Em caso de aprovação, você receberá o benefício retroativo à data da solicitação

Resumindo:

  1. Verificar se você atende aos requisitos necessários para solicitar o benefício;
  2. Verificar se possui Cadastro Único – CadÚnico e se o cadastro está atualizado;
  3. Agendar uma avaliação social e perícia médica em uma Agência do INSS, através do telefone 135 ou do aplicativo do Meu INSS;
  4. Comparecer à avaliação social com todos os documentos necessários em mãos (veja lista abaixo);
  5. Comparecer na perícia médica com todos os documentos médicos em mãos (atestados, exames, relatórios, prontuários médicos e etc);
  6. Aguardar a análise do pedido e a resposta do INSS.

DICA: Comparecer à avaliação social com todos os documentos necessários em mãos (veja lista abaixo). No dia da Perícia Médica comparecer na perícia com todos os documentos médicos em mãos (atestados, exames, relatórios, prontuários médicos e etc).

Documentação necessária para solicitar o BPC/LOAS:

Para pedir o Benefício de Prestação Continuada, é necessário apresentar a documentação correta. A seguir, listamos os principais documentos que o INSS pede para a solicitação do benefício:

  • Cadastro Único – CaDÚnico;
  • Cadastro de Pessoa Física (CPF);
  • Comprovante de residência;
  • Laudo médico atualizado que comprove a deficiência;
  • Comprovantes de renda de todos os membros da família;
  • Comprovantes de despesas, como aluguel, água, luz, gás, medicamentos, tratamentos, recibos de médicos, alimentação especial, etc.

Além desses documentos básicos, é importante verificar junto ao INSS se há alguma exigência adicional para o processo de solicitação do benefício. O ideal é buscar informações precisas e atualizadas no momento da solicitação.

É válido lembrar que, em alguns casos, o benefício pode ser negado na primeira análise. Se isso acontecer, é possível entrar com recurso administrativo para revisão da decisão ou buscar auxílio jurídico com advogado especialista para ingressar com uma ação judicial. Nesse sentido, contar com o apoio de um advogado especializado em direito previdenciário pode ser fundamental para garantir seus direitos.

Prazo para o INSS analisar do pedido:

O prazo para análise do pedido de BPC/LOAS pode variar, mas o INSS tem no máximo de 90 dias para concluir e dar a decisão do processo administrativo, a contar da data da solicitação do benefício. Caso o prazo seja ultrapassado, é possível fazer uma reclamação através do telefone 135 ou do site do INSS.

Existe uma lei que regulamenta os Processo Administrativos que determina que o INSS tem 30 DIAS após o protocolo do pedido de benefício para dar uma decisão administrativa no processo, ou seja, negar ou conceder. Mas, na prática, sabemos que não é isso que acontece.

O prazo pode ser prorrogado por mais 30 dias, caso o INSS expresse a motivação do porquê de não ter conseguido concluir a analise do seu benefício no período determinado pela lei.

Abaixo uma tabela para você entender melhor como ficam os prazos para analise e conclusão do seu pedido de benefício no INSS:

Tipo de Benefício do INSS Prazo
Benefício de Prestação Continuada (BPC/LOAS) 90 dias
Aposentadorias 90 dias
Benefícios por Incapacidade (Aposentadoria por Invalidez e Auxílio-Doença) 45 dias

O que fazer após a análise do pedido?

Análise do pedido e concessão do benefício: Após a solicitação do BPC INSS, o pedido é analisado pelo INSS. Durante essa análise, o órgão pode solicitar informações adicionais ou realizar uma avaliação social para verificar se o requerente atende aos requisitos do benefício. Se tudo estiver de acordo, o benefício é concedido e o pagamento é iniciado.

Após a análise do pedido, o INSS irá emitir um comunicado de decisão e notificar quem solicitou da decisão. Em caso de deferimento, será concedido o benefício, e o valor será depositado na conta que o INSS irá abrir automaticamente para depositar o benefício mensalmente. Após o primeiro saque dos valores o beneficiário poderá alterar a conta e local do pagamento.

No caso de negatória ou indeferimento do pedido, o requerente pode recorrer da decisão por meio de recurso administrativo dentro do próprio INSS. O prazo que o recurso deve ser feito e protocolado é de 30 (trinta) dias contados a partir da data de ciência da decisão.

Qual o valor e duração do benefício?

Valor e duração do BPC INSS: O valor do BPC INSS é de um salário mínimo vigente (em Setembro de 2023 – R$ 1.320,00). Além disso, é importante destacar que o benefício não é vitalício. Ele pode ser suspenso ou cancelado, através da revisão do Pente-Fino, e, caso haja mudança na condição do beneficiário ou se ele deixar de atender aos requisitos necessários.

Como um advogado pode ajudar?

Em situações em que o pedido é negado no INSS ou há dificuldades no processo de solicitação, é recomendável buscar o apoio de um advogado especializado em direito previdenciário. Esse profissional pode auxiliar na reunião dos documentos necessários, apresentação de recursos administrativos e até mesmo na entrada de ações judiciais para garantir os direitos do segurado.

Um advogado previdenciário possui conhecimento das leis e regulamentos previdenciários, além de experiência com o INSS. Eles podem orientar sobre quais documentos são necessários, como reunir as provas adequadas e como apresentar o caso de forma mais convincente.

Um advogado previdenciário pode ajudá-lo em diversas etapas do processo, desde a preparação da documentação até o acompanhamento da perícia médica. Eles podem orientá-lo sobre quais documentos são necessários, como reunir as provas adequadas e como apresentar o seu caso de forma mais convincente.

A atuação de um advogado previdenciário pode ser especialmente importante quando da concessão do BPC/LOAS para as crianças portadora de retinoblastoma e suas famílias. Eles estão familiarizados com as regras e normas do INSS, incluindo os critérios de cálculo aplicados ao benefício

Conclusão:

O retinoblastoma é uma condição muito séria que afeta principalmente crianças pequenas. A conscientização sobre a doença e o diagnóstico precoce são fundamentais para garantir o tratamento adequado e, consequentemente, uma maior chance de cura.

Além disso, é essencial que as famílias estejam cientes dos direitos das suas crianças com retinoblastoma no INSS, como o benefício assistencial (BPC/LOAS). Esse benefício pode fornecer o suporte financeiro necessário durante o tratamento e ajudar as famílias a enfrentar os desafios associados a essa doença.

O BPC/LOAS é um importante benefício, instituído através de uma política pública de assistência social que garante o sustento de pessoas em situação de risco (vulnerabilidade) social. Neste conteúdo, explicamos um pouco, sobre o que é benefício BPC/LOAS para crianças portadoras de retinoblastoma, quem tem direito, como solicitar, quais são os valores e prazos para concessão, além de como recorrer de uma negativa e quais cuidados devem ser tomados na hora de pedir o benefício no INSS.

Além disso, se necessário, contar com um especialista em direito previdenciário pode simplificar o processo aumentando as chances de receber os benefícios que podem fazer uma diferença significativa no tratamento das crianças afetadas e em suas famílias. Lembre-se, seus direitos de segurado do INSS podem ser a chave para enfrentar desafios de saúde com mais tranquilidade.

Saiba mais: https://andrebeschizza.com.br/retinoblastoma/

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Saúde

Dia Mundial da Esclerose Múltipla: Desafios, impactos e qualidade de vida

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O dia 30 de maio conscientiza as pessoas sobre a doença em todo o mundo

Eventos de conscientização, como o Dia Mundial da Esclerose Múltipla, que ocorre em 30 de maio, visam principalmente educar leigos sobre os sinais e sintomas de alarme para a investigação da doença, que, segundo a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (ABEM), afeta 40 mil pessoas no Brasil e cerca de 2,8 milhões de pessoas no mundo. Também lembra os pacientes que têm a doença de que ela é perfeitamente tratável, e, com as medidas corretas, medicamentosas ou não, é possível controlá-la e viver uma vida plena.

Em função do Dia Mundial da Esclerose Múltipla, o Dr. Matheus Wasem, neurologista especializado em Esclerose Múltipla, respondeu algumas perguntas para nos ajudar na conscientização e educação sobre a doença.

Quais são os desafios mais urgentes enfrentados pelos pacientes com esclerose múltipla atualmente, em termos de diagnóstico, tratamento e qualidade de vida?

Dr. Matheus – Infelizmente, o diagnóstico e o tratamento da EM é algo que demanda muitos recursos financeiros. Os exames, medicações e as consultas são caras. Muitas vezes o Sistema Único de Saúde (SUS) e os convênios médicos são insuficientes para a investigação e o tratamento da EM e os pacientes precisam investir dinheiro próprio no seu tratamento. Urge a necessidade de que o SUS e também que as operadoras de saúde incorporem mais medicações, médicos, consultas e exames para o melhor cuidado do paciente que tem EM.

Como a pandemia de COVID-19 impactou a gestão e o cuidado de pacientes com esclerose múltipla? Existem medidas especiais que os pacientes devem tomar?

Dr. Matheus – Muitos pacientes deixaram de comparecer às consultas médicas e também aos exames rotineiros devido ao medo de contrair a infecção pelo COVID. Isso fez com que alguns deles sofressem com o descontrole da doença, passando por novos surtos, com sintomas e sequelas novas. Além disso, muitas pessoas foram infectadas pelo COVID e isso foi um gatilho para que alguns pacientes entrassem em surto da EM. Não há medida específica para o paciente de EM que encontra-se infectado pelo COVID. Ele receberá orientações e medicações para seus sintomas. De acordo com sua imunidade, pode receber uma medicação antiviral específica, mas tudo isso deverá ser visto em detalhes, entre médico e pacientes, baseando principalmente na gravidade da infecção, na gravidade da EM e na imunidade do momento do paciente.

Quais são as principais áreas de pesquisa em esclerose múltipla que estão gerando mais expectativas quanto a avanços no tratamento ou na compreensão da doença?

Dr. Matheus – Existem medicações sendo desenvolvidas para se atingir um maior controle sobre a doença. Alguns remédios encontram-se em fase final de investigação e possuem resultados promissores que poderão ajudar a interromper o avanço da EM de forma mais satisfatória do que as medicações existentes atualmente. Além disso, existe uma outra linha de pesquisa que visa recuperar os sintomas/sequelas já existentes, são os chamados tratamentos remielinizadores, que prometem “devolver a mielina perdida”. Este tipo de tratamento encontra-se mais distante da realidade, mas existem linhas de pesquisa investigando-os neste exato momento.

Qual é a importância do apoio psicológico e emocional para os pacientes com esclerose múltipla e suas famílias? Como isso é integrado ao tratamento?

Dr. Matheus – O apoio psicológico e emocional é importantíssimo para todos os pacientes que têm Esclerose Múltipla. Sabe-se que o estresse é um fator de risco tanto para o desenvolvimento da EM quanto para o aparecimento de surtos em pacientes já diagnosticados. Além disso, o impacto emocional, familiar e social de um diagnóstico é muito grande e o paciente não deveria enfrentar tudo isso sozinho e sem apoio. Eu acredito que todos os pacientes de EM deveriam passar, em algum momento, por uma avaliação psicológica, para conversar como se sentem sobre o diagnóstico. Aqueles com mais necessidades continuariam o acompanhamento regular, enquanto os que encontram-se bem emocionalmente poderiam ser liberados dessa rotina.

Sobre o Dr. Matheus Wasem

O Dr. Matheus Wasem se dedica a oferecer um atendimento personalizado, priorizando o bem-estar de cada paciente por meio de uma abordagem centrada no indivíduo, enfatizando a importância da educação e da conscientização. Com uma formação enriquecedora, que inclui um Observership em Esclerose Múltipla no renomado Hospital Johns Hopkins e um Mestrado em Neuroimunologia e Esclerose Múltipla pela UAB/CEMCAT em Barcelona, ele se destaca como uma autoridade na área, contribuindo significativamente para avanços no diagnóstico e tratamento da Esclerose Múltipla. Atualmente, atende online para qualquer lugar do Brasil e presencial em Marechal Cândido Rondon.

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Saúde

Harmonia entre corpo e mente facilitam o emagrecimento sem intervenções cirúrgicas

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De acordo com Thiago de Castro, especialista que trabalha há mais de 13 anos ajudando pessoas a se livrarem da obesidade, é preciso adotar uma abordagem integral para garantir uma transformação sustentável e de longo prazo

O emagrecimento é um desafio que vai além das questões físicas, envolvendo também pontos psicológicos e emocionais. A busca por perda de peso duradoura, sem recorrer a alternativas como as cirurgias bariátricas, pode ser efetivamente apoiada por técnicas mentais que ajudam a cultivar uma relação mais saudável com a comida e o próprio corpo.

Um estudo publicado pela Yale Medicine aponta que as cirurgias bariátricas, embora eficazes no curto a médio prazo, envolvem riscos de complicações e necessitam de mudanças substanciais no estilo de vida para manter os resultados a longo prazo.

De acordo com Thiago de Castro, hipnoterapeuta, coach e neurolinguista que trabalha há mais de 13 anos ajudando pessoas a se livrarem da obesidade, o emagrecimento não é apenas uma questão física. “O estresse, a ansiedade e outros problemas de saúde mental podem levar ao ganho de peso ou a dificuldade para emagrecer. Técnicas de mindfulness, terapia e atividades relaxantes podem ser integradas para apoiar esse processo”, revela.

Técnicas de visualização

Imaginar a si mesmo alcançando um objetivo desejado, como atingir o peso ideal ou recusar alimentos não saudáveis, é o primeiro passo. “Este método pode fortalecer a motivação e reforçar o comportamento positivo. Por exemplo, visualizar-se escolhendo opções saudáveis em um restaurante ou resistindo a um impulso indesejado pode preparar mentalmente o indivíduo para essas situações na vida real”, declara.

É preciso identificar e alterar padrões de pensamento negativos ou destrutivos, que podem levar a comportamentos alimentares prejudiciais. “Contrariar a ideia de que é impossível perder peso e fazer escolhas saudáveis todos os dias irá fazer uma grande diferença no sucesso a longo prazo”, relata o especialista.

Ampliando resultados

Segundo Thiago, a importância dos exercícios vai além da queima de calorias. “Atividades físicas regulares melhoram o metabolismo, fortalecem os músculos e ossos, além de elevar os níveis de energia. A combinação de atividades aeróbicas com treinos de força é ideal para otimizar os resultados”, ressalta.

O hipnoterapeuta acredita que o sono adequado é fundamental para a regulação hormonal e pode afetar diretamente o processo de perda de peso. “Hormônios como o cortisol e a leptina, que regulam o apetite e o metabolismo, são sensíveis às variações no sono”, pontua.

Vale lembrar que aplicativos de saúde e fitness podem ser grandes aliados, ajudando no monitoramento da ingestão de alimentos, atividades físicas e progresso no emagrecimento.

Essas técnicas, quando combinadas com uma dieta equilibrada e exercícios físicos regulares, oferecem um caminho robusto e integral para o emagrecimento sem a necessidade de intervenções cirúrgicas. “A chave é adotar uma abordagem que não apenas trata o corpo, mas também a mente, garantindo uma transformação sustentável e de longo prazo no estilo de vida”, finaliza.

Sobre Thiago de Castro

Thiago de Castro é hipnoterapeuta, coach, neurolinguista e trabalha há mais de 13 anos ajudando pessoas a se livrarem da obesidade. Ele eliminou 76 quilos sem cirurgia e sem remédio, e tem inspirado milhares de pessoas a trilharem o mesmo caminho. Através dos seus programas e mentorias, já ajudou mais de 8 mil pessoas a se tornarem mais saudáveis.  

É também monitor da turma Master em Hipnose clínica pelo instituto Lucas Naves. Possui formação em coaching pelo IBC, hipnose clínica pelo IMTA, master em hipnose clínica pelo IMTA, especialização em Hipnose Ericksoniana pelo IMTA, e master em PNL. É formado também em Constelação Familiar pelo IDESV e autor do livro “Quem pensa emagrece”. Atualmente, possui mais de 275 mil seguidores no Instagram e 40 mil inscritos no YouTube.

Para mais informações, acesse o Instagram ou o Youtube.

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Obesidade e Emoções

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Engolir emoções pode estar ligado ao desenvolvimento ou agravamento da obesidade de várias maneiras. Aqui estão algumas conexões entre engolir emoções e obesidade:

Comer emocional: Engolir emoções muitas vezes leva as pessoas a recorrerem à comida como uma forma de conforto ou distração para lidar com seus sentimentos. Isso pode levar ao comer emocional, onde as pessoas consomem alimentos não por necessidade física, mas para aliviar o estresse, a ansiedade, a tristeza ou outras emoções desconfortáveis. O comer emocional pode resultar em uma ingestão calórica excessiva e contribuir para o ganho de peso e a obesidade.

Alimentos reconfortantes: Muitas vezes, as pessoas tendem a buscar alimentos ricos em açúcar, gordura e calorias quando estão engolindo emoções, pois esses alimentos têm a capacidade de desencadear a liberação de neurotransmissores que proporcionam uma sensação temporária de prazer e conforto. No entanto, esses alimentos geralmente são altamente processados e caloricamente densos, o que pode levar ao ganho de peso e à obesidade quando consumidos em excesso.

Padrões alimentares desregulados: Engolir emoções pode levar a padrões alimentares desregulados, como comer compulsivamente ou seguir dietas extremas de restrição seguidas por episódios de compulsão alimentar. Esses padrões alimentares desregulados podem contribuir para o ganho de peso e dificultar a manutenção de um peso saudável a longo prazo.

Sedentarismo: O engolir emoções pode levar ao aumento da inatividade física, à medida que as pessoas recorrem à comida como uma forma de lidar com o estresse ou outras emoções desconfortáveis, em vez de buscar atividades mais saudáveis ou construtivas para lidar com seus sentimentos. O sedentarismo é um fator de risco conhecido para a obesidade e está associado a uma série de problemas de saúde relacionados ao peso.

Ciclo vicioso: Engolir emoções e comer emocionalmente pode criar um ciclo vicioso, onde o ganho de peso resultante pode levar a sentimentos de culpa, vergonha ou baixa autoestima, o que por sua vez pode levar a mais comer emocional e ganho de peso adicional. Esse ciclo pode ser difícil de quebrar e pode perpetuar a obesidade ao longo do tempo.

Em suma, engolir emoções pode desempenhar um papel significativo no desenvolvimento e na manutenção da obesidade, especialmente quando associado a padrões alimentares desregulados, comer emocional e sedentarismo. É importante reconhecer a ligação entre as emoções e os hábitos alimentares e buscar estratégias saudáveis de enfrentamento e suporte emocional para promover um relacionamento mais equilibrado com a comida e um estilo de vida mais saudável.
Além disso, o engolir emoções também pode afetar fatores hormonais e metabólicos que desempenham um papel na regulação do peso corporal. Por exemplo:

Estresse crônico: O engolir emoções pode levar a um aumento do estresse crônico, que por sua vez pode desencadear a liberação de hormônios do estresse, como o cortisol. Níveis elevados de cortisol estão associados ao aumento do apetite, especialmente por alimentos ricos em gordura e açúcar, e ao acúmulo de gordura abdominal, o que pode contribuir para a obesidade central.

Resistência à insulina: O estresse crônico também pode levar à resistência à insulina, onde as células do corpo se tornam menos sensíveis à insulina, o hormônio responsável pela regulação do açúcar no sangue. Isso pode levar ao aumento dos níveis de insulina no sangue, o que por sua vez pode promover o armazenamento de gordura e dificultar a perda de peso.

Disfunção hormonal: O engolir emoções pode desencadear uma série de alterações hormonais que afetam o metabolismo e a regulação do peso corporal. Por exemplo, o estresse crônico pode levar a desequilíbrios nos níveis de hormônios como a leptina (que regula o apetite) e a grelina (que estimula o apetite), o que pode contribuir para a ingestão excessiva de alimentos e ganho de peso.

Padrões de sono prejudicados: O engolir emoções pode levar a dificuldades para dormir, como insônia ou distúrbios do sono, devido à ruminação excessiva ou ao estresse emocional. A falta de sono adequado pode afetar os hormônios que regulam o apetite e o metabolismo, aumentando o risco de ganho de peso e obesidade.

Portanto, é importante reconhecer o impacto que o engolir emoções pode ter no corpo, especialmente em relação ao peso e à regulação metabólica. Buscar estratégias saudáveis de enfrentamento emocional, como terapia, meditação, exercícios físicos e apoio social, pode ajudar a lidar com as emoções de forma mais eficaz e promover um peso corporal saudável.
DRA. CAROLINA MANTELLI é médica, endocrinologista e metabologista e tem a missão de amenizar a dor física e da alma através do auto resgate. Criadora do método “Calça Meta”, metodologia criada com o intuito de libertar seus pacientes de amarras de todos os traumas que envolvem o emagrecimento.

@dramantelli

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